quinta-feira, 19 de novembro de 2009

A Conferência de Copenhaga


Dentro de um mês terá acabado a tão esperada e desesperada Conferência de Copenhaga sobre a Mudança Climática e ouvir-se-ão, um pouco por todo o lado e uma vez mais, os discursos dos políticos a falar deste tão importante passo que eles, políticos, acabaram de dar em nosso nome.

Claro que não dirão que foram verbos de encher numa encenação grotesca de encobrir mais um clamoroso fiasco, quiçá a última oportunidade para tentar inverter este aquecimento catastrófico que matará talvez mais de metade da humanidade nos próximos cem anos. Estamos a falar dos nossos filhos e netos!

A Conferência de Copenhaga começará, tecnicamente, no próximo dia 7 de Dezembro, mas já está ferida de morte no seu objectivo fundamental, o único exigível, a limitação obrigatória das emissões de CO2. A decisão foi tomada à revelia da conferência, por quem manda no mundo, na Cimeira da Cooperação Ásia-Pacífico, onde Obama mostrou que, afinal, na terra do dinheiro quem manda é o dinheiro e os interesses do petróleo falaram mais forte: Não haverá compromisso, tudo se saldará por intenções, das boas, das que está o Inferno cheio!

Inferno climático é o que nos espera a todos nós, cidadãos deste planeta que agoniza enquanto os nossos queridos políticos, sejam os eleitos das democracias, sejam os líderes de uma qualquer ditadura, continuarão a dizer que nos representam a nós mas representam de facto outros interesses mais ou menos inconfessáveis.

Cada povo é aquilo que quer e de que é capaz.
Cada povo tem os tiranos e os políticos que merece.
Se não formos capazes de escorraçar a tempo estes nossos “representantes” e tomarmos nas nossas mãos o que é nosso de direito, então não teremos que nos queixar: seremos a carne para o ignóbil canhão! E o tempo esgota-se...

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